quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

O revolucionário das imagens


 


Man Ray (imagens acima) é um fotógrafo americano filho de pais russos que o batizaram como Emmanuel Radnitsky a 27 de agosto de 1890. Ele foi um dos principais nomes do dadaísmo em Nova York no final da década de 1910 e do surrealismo em Paris na década de 1930.
O adolescente Man Ray rompeu com a educação conservadora da família, abandonou a escola e se dedicou às artes. Ele pintou um quadro incomum, assinou como Man Ray, o que simbolizou seu desligamento do mundo tradicional.
O artista tem iniciativas revolucionárias, vanguardistas e agressivas contra a sociedade, usando a fotografia, pintura, escultura e cinema. Man Ray era constantemente criticado pela classe artística americana por sua irreverência. Por isso, passou a manter contato com artistas europeus e se muda para Paris em 1921.
Seu ego de vanguarda encontra um novo mundo ao lado do poeta Tristan Tzara, dos pintores Salvador Dali, Max Ernst e Pablo Picasso, do filósofo Andre Breton, do dramaturgo Jean Cocteau e do escritor James Joyce.
O empolgado Man Ray decide fotografar o novo grupo de amigos, com imagens impactantes em preto & branco. Ao mesmo tempo que sua arte passa a ser reconhecida e admirada, paralelamente ao que viria ser a sua ruína: a paixão por mulheres.
Numa irônica tradição artística, Man Ray teve seu trabalho devidamente reconhecido após sua morte e foi explorado, humilhado e prejudicado por mulheres pelas quais se apaixonou e influenciaram muitas de suas obras.
Num desses relacionamentos o artista criou a rayografia. Um estilo de fotografia sem o processo de revelação, onde um objeto era colocado sobre o  papel fotográfico e exposto a luz. A sombra do objeto ficava impressa no papel.
Man Ray foi um dos criadores do surrealismo no início da década de 1930. Foi um movimento cultural que ampliou as fronteiras entre o real e o imaginário. O que é um desenvolvimento do dadaísmo americano, partindo de quando a razão perde o controle, usando a “paranoia crítica” através da imaginação.
A intenção era criticar a cultura europeia e a frágil condição humana diante de um mundo complexo. O que usava o humanismo como fundo e a psicanálise para causar uma revolução contra a ordem estabelecida. Tudo o que Man Ray sempre fazia desde a juventude.
Man Ray apresentava frequentemente em suas obras imagens sensuais, modelos enroladas em renda, partes do corpo nu, closes em rostos ora expressivos, ora displicentes. Man Ray morreu a 18 de novembro de 1976, aos 86 anos, de uma infecção generalizada em Paris.
Algumas de suas frases são usadas para conceituar seu trabalho:
- “Criar é divino. Reproduzir é humano”;
- “Quem faz arte criativa é uma pessoa sagrada!”;
- “O meu estilo de vida é a minha melhor obra de arte!”


Texto: Andye Iore com informações do Man Ray Trust
Fotos: Man Ray Trust

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