A americana Connie Imboden (imagem acima) começou a fotografar num curso de
verão quando estava de férias do colégio. Inspirada pelos conselhos do pai que
dizia que ela sempre tinha que olhar além das aparências das coisas para
perceber as coisas mais importantes da vida, ela continuou interessada pela
fotografia depois de se formar.
Tendo aulas com professores que, além da fotografia também
trabalhavam com arte, Imboden ainda fez pós-graduação em História e Artes
Plásticas. Além disso, passou a trabalhar com técnicas de impressão, o que
ajudou a melhorar seu estilo de fotografar.
A partir de 1986, passou a utilizar a fotografia como meio
de vida. Com uma técnica baseada no grotesco e influenciada por Frances Bacon,
Edvard Munch e Francisco Goya começou a criar imagens impressionantes com a
câmera fotográfica. Porém, sua influência mais forte é de um pesadelo que ela
tinha quando criança, onde se afogava num vasto oceano de águas negras.
Como consequencia desse pesadelo, ela fez sessões
fotográficas dentro de uma banheira com o fundo pintado de preto, numa
tentativa de afastar a fobia que sentia. Com essas sessões, descobriu três ângulos
para explorar em seu trabalho: acima, abaixo e na superfície da água.
Depois dessa descoberta, suas fotos passaram a ser mais
psicológica, com ela utilizando espelhos durante as sessões. Para causar
reflexões sobre as imagens, Connie Imboden jogava óleo sobre os espelhos para
distorcer a imagem fotografada.
Entre 1992 e 1994, fez fotos que conceituaram seu estilo.
Imboden fotografou o corpo humano nu numa banheira à noite. Além de modelos,
que tinham como acessórios um estrobo de luz e pesos presos ao corpo, ela
também fotografava a si mesma dentro da banheira. Com o passar dos anos
diversificou seu estilo passando a fotografar em cores e com outras técnicas também.
PREMIAÇÃO - Seus trabalhos já percorreram o mundo ganharam prêmios pela Europa, Américas a Asia.
Nascida em Baltimore, nos Estados Unidos, Connie Imboden têm suas fotos
vendidas entre U$ 600 e U$ 7 mil nas galerias de arte que exibem seu trabalho.
E também alterna o trabalho artístico com aulas de fotografias em
universidades.
Com um clima de angústia, desespero e sufocamento as imagens
de Connie Imboden, causam um mistério provocativo
que transforma o corpo e consegue ser paradoxo transmitindo uma calmaria, tranquilidade
e relaxamento.
Texto: Andye Iore / Fotos: Site Connie Imboden